A Modernidade Líquida e a Perda do Poder Interno
- Lucas Bueno

- 5 de nov. de 2024
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Atualizado: 26 de mai.

A atual deterioração de símbolos que ajudam o ser humano a compreender suas emoções, papeis sociais e fases da vida por meio das imagens arquetípicas é uma das principais razões pelas quais o processo de superação de desafios e a transformação pessoal tem sido tão difícil para os jovens dessa “modernidade líquida”, em sua maioria incapazes de encontrar sentido nas adversidades, no sofrimento e na solidão.
Importantes ritos de passagem são deixados de lado em detrimento da superficialidade e prazeres fugazes. A saúde mental, que por séculos esteve no campo da filosofia, hoje se encontra permeada de diagnósticos e químicos na tentativa de “resolver” questões, em sua grande parte de cunho existencial e ideológico, considerando que a crença em uma ideia pode estruturar profundamente a identidade de alguém — ou comprometer seu senso de realidade e equilíbrio emocional.
O que acontece com uma sociedade que subverte valores, despreza princípios e mina a capacidade do indivíduo de se orientar diante dos desafios, especialmente quando perde o contato com referências simbólicas que sustentavam sua identidade e valores.
“Vende-se” tanto empoderamento, liberdade e poder de escolha atualmente (até mesmo do seu próprio gênero), mas o ser humano jamais esteve tão fraco e perdido, controlado por ideologias e narrativas perversas que deterioram sua consciência.
